amo !

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Viver por viver.


Tanto desejo escondido,

tanta vontade oprimida

num corpo fechado em torpor.

Quanta lágrima lançada.

apenas partes tocadas

mexidas, espremidas

quase em remorso

na procura do gozo em si.

Quanto tempo passado,

perdido.

Tão menos ainda por vir.

vida quase no precipicio,

nesse limite do ser.

nesse fronteira de ter.

Só resta agora, um grito,

que ecoa ao longe.

um berro insano, na vida.

que se vai

um berro insano, no vazio,

que ficou

o berro insano da dor,

que restou...!

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