amo !

domingo, 23 de agosto de 2009

Aquarela...




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os melhores versos que fiz de amor,
não foram escritos, foram pintados,
uma aquarela febril no sublime de teu corpo.
Corpo tateado qual Braile, sentido por olhos
fechados em prazer.
Em versos que se multiplicam.
Palpitam.
Rimas feitas no alucinado contato na
inspiração do cheiro, da pele, do suor.
Absorvidos pelo som, de uma louca sonata
de gemidos sussurrados por ti.
Espamos sem controle,
como um espirito incorporado,
num corpo entregue,
abandonado, pedinte.
Largado ao poder lascivo do gozo.
Enxarcado na luxúria.
Amor que se rende em suor,
arrepios em despudor.
Usado sem grafias ou paragrafos.
Sem canetas, ou papel.
Apenas teu corpo amado, trepado,
comido numa antropofagia de prazer
pelo homem em mim poeta.
Sem letras, ou estrofes,
apenas fazendo amor,
como quadro pintado ,
numa obra de paixão em pura poesia...!

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